Deus sentiu-se desgostoso por ver a maldade
dos homens e resolveu inundar a Terra e destruir os seres vivos que tinha criado.
Mas reconhecendo que Noé era um homem bom e justo, chamou-o e ordenou-lhe
que construísse uma grande arca de madeiras resinosas com três
andares interiores, onde coubessem ele, a mulher, os filhos, as noras e ainda
machos e fêmeas de todas as espécies de animais terrestres e de
aves, bem como alimentos para todos. Explicou que tencionavafazer chover durante
quarenta dias e quarenta noites para varrer a maldade da face da Terra. Só
os viajantes da arca se salvariam. Noé
cumpriu à risca as instruções
recebidas. Logo que se abriram as cataratas do céu, entrou na arca com
a sua família. Seguiram-se os animais selvagens, animais domésticos,
répteis e aves, dois a dois. Fechou-se a porta e a arca flutuou nas águas
que cresceram, engrossaram e subiram muito acima da terra, cobrindo até
os montes mais altos. Quando parou de chover a inundação manteve-se
mais de cem dias!
Mas depois, a pouco e pouco, o nível das águas começou
a baixar e a arca pousou no Monte Ararat. Noé foi espreitar à
janela. Receando, no entanto, que ainda não fosse possível saírem
em segurança, soltou um corvo. Ora como o corvo nunca mais apareceu,
deixou então partir uma pomba. A pomba, não encontrando onde pousar,
regressou à arca. Sete dias depois Noé enviou-ade novo em busca
de notícias e, desta vez, teve a alegria de a ver regressar com uma folha
de oliveira no bico! Concluiu que Deus fizera as pazes com os homens. De facto,
não tardou a ouvir:
- Sai da arca com a tua família e com todos os animais. Crescei, multiplicai-vos
e enchei a Terra...
Deus garantiu-lhe que não haveria mais dilúvios e, para assinalar
essa aliança, fez surgir um arco de luz entre o céu e a terra.
Prometeu também que sempre que cobrisse o céu de nuvens, lá
estaria o Arco-Íris a lembrar a aliança.